quinta-feira, 12 de março de 2015

Cia Duo Encantado no lançamento do livro: Cauda de Serpente, Asas de Dragão

Um convite à leitura compartilhada 

Giovanna Artigiani e seu filho Felipe

A leitura é um ato solitário? Pode ser e também pode não ser. É um diálogo entre autor e leitor? Sim, mas pode ter mais gente nessa festa. Essa é a ideia de leitura compartilhada, em que o livro é um ponto de partida, uma proposta, algo que envolve pessoas no ato da leitura, criando momentos de aconchego e envolvimento. Quando um pai lê para os filhos, está fazendo muito mais do que promover a formação do hábito da leitura: está criando um forte vínculo emocional; a atividade de ler é ponto de partida para uma conversa, uma lembrança, um carinho. 

Se você gosta de ler, certamente se lembra de ter vivido uma destas situações:

 a) Você terminou de ler um livro ótimo e pensa imediatamente em um amigo querido para emprestar o livro e ter com quem trocar ideias sobre a leitura.

b) Você está lendo um livro e pensa em pessoas que também podem gostar de ganhá-lo de presente.

c) Você para a leitura de um livro para procurar alguém pela casa, pede licença animadamente para ler para essa pessoa “somente um trecho” que achou bárbaro. 

Lembro-me de um tempo em que o dinheiro era pouco e comprei um livro de poesias do Paulo Leminski dividindo o seu valor com uma amiga. Sentamo-nos imediatamente no banco da praça em frente à livraria e passamos a ler, uma poesia cada uma, compartilhando o livro e a experiência de lê-lo, comentando, extasiadas, cada um dos poemas. Ler em família já foi um hábito. Antes da existência da televisão, as famílias sentavam-se na sala e liam um capítulo de um livro. Fazer leitura compartilhada é dividir experiência, emoção. Convidar para fazer leitura compartilhada é iniciar uma experiência de troca, como quem pega alguém pela mão, tirando o outro para dançar. 



Giovanna Artigiani é autora do livro Cauda de serpente, asas de dragão, um livro para ser lido em família, de forma compartilhada. O lançamento acontece no dia 10 de abril de 2015, sexta-feira, às 19h, na Livraria Saraiva do Shopping Iguatemi, em Florianópolis pela Editora Giostri.



Informações

O quê: Lançamento do livro Cauda de serpente, asa de dragão, de Giovanna Artigiani. Haverá narração de alguns dos contos do livro com a Cia Duo Encantado.

(Editora Giostri).

Quando: 10 de abril de 2015, sexta-feira, às 19h.

Onde: Livraria Saraiva do Shopping Iguatemi.

Quanto: R$ 30,00

Contato com a autora: (48) 9117-4106 / g.artigiani@hotmail.com

Fanpage:www.facebook.com/caudadeserpenteasasdedragao.

terça-feira, 3 de março de 2015

10 Encontra Conto de Santa Bárbara do Oeste São Paulo

ENCONTRA CONTO


É como imensa alegria e satisfação que venho convidá-los para a oficina para contadores de histórias: Assim me contaram, assim vos contei. Contai a outros, vós também, que será ministrada por mim na décima edição do Encontra Conto, que acontece na cidade do interior de São Paulo, Santa Bárbara do Oeste. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site do encontro, onde você também terá acesso a toda programação.

http://encontraconto.blogspot.com.br/p/programacao-do-5-encontra-conto.html


19:00 às 22:00
Oficina “Assim me contaram, assim vos contei. Contai a outros vós também.”
-  (atividade sócio cultural de caráter educativo) Com Contadora de Histórias Rosita Flores (SP)
Atividade gratuita. 30 vagas
Público alvo: Contadores, educadores, bibliotecários e pessoas interessadas
Local: Anfiteatro Municipal Detinha Dagnone
AV. Monte Castelo, nº 1000 – Jd. Primavera, Santa Bárbara d’Oeste, SP



domingo, 1 de março de 2015

Uma bonita história sobre a tristeza

"A minha avó dizia-me que quando uma mulher se sentisse triste, o 

melhor que podia fazer era entrançar o seu cabelo; de modo que a 

dor ficasse presa no cabelo e não pudesse atingir o resto do corpo. 

Havia que ter cuidado para que a tristeza não entrasse nos olhos, 
porque iria fazer com que chorassem, também não era bom deixar 

entrar a tristeza nos nossos lábios porque iria forçá-los a dizer 

coisas que não eram verdadeiras, que também não se metesse nas mãos 

porque se pode deixar tostar demais o café ou queimar a massa. 
Porque a tristeza gosta do sabor amargo.
Quando te sintas triste menina- dizia a minha avó- entrança o 

cabelo, prende a dor na madeixa e deixa escapar o cabelo solto 

quando o vento do norte sopre com força. O nosso cabelo é uma rede 

capaz de apanhar tudo, é forte como as raízes do cipreste e 

suave como a espuma do atole.
Que não te apanhe desprevenida a melancolia minha neta, ainda que tenhas o coração 
despedaçado ou os ossos frios com alguma ausência. Não deixes que a 

tristeza entre em ti com o teu cabelo solto, porque ela irá fluir 

em cascata através dos canais que a lua traçou no teu corpo. Trança 

a tua tristeza, dizia. Trança sempre a tua tristeza.
E na manhã ao acordar com o canto do pássaro, ele encontrará a 

tristeza pálida e desvanecida entre o trançar dos teus cabelos…"
Registo da antropóloga Paola Klug, Fotografia tirada na Nicarágua 

por Candelaria Rivera, do ensaio fotográfico: "Amor de Campo"