A Ficção Científica como Encontro de Perspectivas
Criar mundos, estruturar contextos,
tecnologias, civilizações, comportamentos, ambientes e tudo mais que
combinações multidisciplinares habilitam imaginar é um prazeroso exercício de
ideação, ainda mais quando ficamos cientes de que essa capacidade de transitar
entre diversas áreas do conhecimento e da cultura elaborando cenários sem fim,
é um dos elos comuns que nos une a todas as pessoas pelo mundo.
A história de “Metamorfose por Completude”, uma Ficção Científica, foi escrita tendo sempre em mente a perspectiva de solo comum da humanidade: um único movimento criativo e sem fronteiras, e por isso mesmo de espantosa variedade e ritmos.
Com isso em mente, procurei elementos que pudessem nos fazer ver com mais clareza a necessidade e a urgência de adquirir perspectivas tão amplas quanto abrangentes. E percebi nesse processo que uma sensibilização dos nossos sentidos e de nossos conceitos pode muito bem desvendar um panorama mais rico de possibilidades que talvez permaneçam unicamente como tal por falta de apreciação e de investigação.
Desenvolvi então essa história intercalando perspectivas diversas da Física, da Arte, das Teorias da Complexidade e dos Estudos da Consciência, colocando na fala dos personagens um discurso declaradamente não-dualista e de livre-trânsito-entre-temas, discurso este que se desdobra e se estende ao longo da trama nas descrições das composições arquitetônicas dos ambientes das naves alienígenas e dos planetas visitados. E que almeja se estender e incluir o leitor instigando seu imaginário e evocando nele, por uma ressonância de qualidades, uma sensação-percepção-concepção da completude das relações existentes na tecitura infindável desse belíssimo planeta em que vivemos como uma só humanidade - veja também as referências que deram origem à história em:
Panorâmica
“Metamorfose por Completude” é a
fascinante história de um primeiro contato da humanidade com alienígenas
não-antropóides, que encontram a Terra devido a uma consonância que estabelecem
com a condição peculiar na qual nosso planeta se encontra, denominada por eles
de “limiar”, condição esta de abertura a inúmeras possibilidades sistêmicas e
prenúncio de uma grande transformação.
Enviando para a humanidade uma miríade de
releituras-em-rede-complexa de toda a cultura humana - inúmeras discussões
teóricas e soluções práticas para vários problemas enfrentados pela humanidade
- os alienígenas propõem um intenso intercâmbio, mas somente se cumprida uma
inusitada condição: toda a pobreza deve ser eliminada e todos os problemas
ecológicos devem ser resolvidos, tudo num prazo de dois anos e com recursos
próprios (da humanidade e do planeta).
A partir desse primeiro contato a história se
desenrola em uma viagem a estranhos mundos e a ambientes extraterrestres
exuberantes, proposta pelos alienígenas para alguns humanos, recheada de
discussões acaloradas sobre a compreensão da relevância das dinâmicas
coletivas, e sobre o imperativo que se faz à humanidade a aquisição de uma
perspectiva mais abrangente da natureza, da consciência e da cultura.
Postura esta permanentemente adotada pelos
alienígenas no decorrer da trama, cuja visão de mundo e perspectiva
civilizatória amadurecida por eles ao longo de sua própria história se
desdobrou na capacidade de estabelecer uma simbiose multifacetada com seu
planeta natal e com suas naves, a ponto de poderem através dessa sintonia,
acessar dimensões qualitativamente diferentes da do espaço-tempo comum.
Incitando o imaginário, exercitando um
pensar-e-sentir-além-das-fronteiras, a envolvente e instigante história de
“Metamorfose por Completude” chama a atenção para a possibilidade de existência
de relações-de-conjunto mais abrangentes e profundas do que aquelas comumente
consideradas e, do ponto de vista do autor, sutilmente espalhadas na exuberante
rede multidimensional estabelecida pela cultura humana.
O Autor
Carlos Antonio Ragazzo é
Físico formado pela UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e um entusiasta
da Divulgação Científica. Iniciou-se na Arte com o SenseiMassaoOkinaka da
pintura Sumi-ê em 1993. A partir daí aventurou-se no acrílico sobre tela e
atualmente dedica-se à Arte Gráfica. Passou a estudar e a praticar Meditação
em1988 e segue dedicando-se ao tema e à pratica diária (Zazen) até hoje.
Este livro é o resultado de sua tentativa de
encontrar pontos comuns entre áreas da experiência humana distanciadas por uma
visão fragmentada do mundo. A imagem que ilustra a capa desse livro também é de
sua autoria e igualmente resultado dessa busca.
Boa leitura!
abraços
Rosita
Muito legal perceber como diferentes tópicos podem interagir dentro das pessoas, criando realmente, perspectivas diferentes! Parabéns pelo lançamento Ragazzo! Grande beijo pra você!
ResponderExcluirObrigado Giovanna!! Acho fascinante essa possibilidade de fazer dialogar diferentes áreas da experiência humana!! Meu livro vem nesse sentido mesmo: quero mostrar para as pessoas que somos uma inteireza propriamente dita, que se constrói através de uma rede multifacetada de relações!! Um beijão pra você também!!!
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